sábado, 14 de março de 2009

O recomeço da rotina

O ano de 2009 começou bem, com seis novos alunos, alegrando ainda mais a sala de aula da tia Ellen e várias mudanças na estrutura da Escola Infantil. No entando, como todo início de ano as crianças estranham o ambiente escolar, como a professora, os amigos, a sala de aula e pior para eles é deixar os pais. O começo das aulas é um período muito complicado.


Tia Ellen não teve grandes dificuldades com as crianças, a grande maioria já estudava na escola, assim não tendo grandes barreiras em se adaptar. Apenas três crianças deram "trabalho" para se acostumarem com a escola e largarem os pais. Parte dessa rapidez na adaptação se deve ao trabalho da professora. Ellen proporcionou atividades interativas durante a semana toda.
Essas atividades eram conversas no tapete sobre as férias e como será o ano letivo, brincadeiras no parquinho, com bolas e massinhas, acolhidas e socialização.

Com a sensível percepção tia Ellen foi preparando atividades que fizessem com que ela conhecesse o nível de cada aluno. De modo que as atividades atendessem suas necessidades com mais flexibilidade. Os execícios iniciais eram de movimentação do nome, identificando as letras que pertecem a este. Algumas crianças, principalmente os novatos mostraram mais dificuldade em realizar as atividades.


Uma atividade sobre o nome muito interessante, que lembro minha infância foi da letra do nome com papel crepon, as crianças tiveram que rasgar o papel crepon e fazer bolinhas com ele, e em seguida o colaram em cima da inicial do nome.


Outra atividade atrativa foi aproveitando o carnaval, fazendo a ligação entre a sala de aula e a realidade vivenciada pela criança. Porém, para isso a tia Ellen conversou com eles sobre o que é o carnaval, analisando seu conhecimentos prévios e a partir daí explicou o significado do carnaval; respeitando as limitações das crianças.

Esse ano posso mostrar mostrar quem realmente quero ser na sala de aula, sem bloqueio. Tenho ido para o tapete com as crianças, para contar histórias infantis, eles escolhem o livro e eu conto. Essa semana foi a vez da Rapunzel e da Branca de Neve (desta por duas vezes), foi fascinane como eles ficaram atentos e debateram o sobre estas depois.


Reparei que as crianças são sempre bem centradas nas aulas, sabendo diferenciar a hora da brincadeira e o momento de prestar atenção na professora. Por serem bastante ligados ao seus compportamentos eles fazem de tudo para não ganhar carinha triste no jogo das carinha. Foi intrigante como um menino reagiu ao ganhar carinha triste por não ter tido um bom comportamento no dia, ele chorou muito, ficou chateado com a tia Ellen e com ele mesmo por não ter se comportado bem.


"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo." (Nelson Mandela)

segunda-feira, 9 de março de 2009

A grande caminhada

Nesses dois anos e três meses cresci muito. Entrei no Auxiliadora querendo trocar de curso, tinha meta de fazer o científico. Meu maior medo era dos estágios, de me adaptar com as crianças pequenas, pois sempre houve uma barreira entre eu e crianças pequenas. Logo na apresentação inicial em sala de aula fui falando que meu desejo não era cursar o Normal e pior que isso, tomar conta de criança.

Na primeira escalação de salas para estagiar pedi a Liliana Nogueira que me colocasse no ensino fundamental, onde seria melhor a minha adaptação e felizmente ela atendeu aos meus pedidos, estagiei na sala de quinto ano (antiga 402). Com o tempo fui vendo que não era "o fim da picada" passar as tardes na escola. No meio do ano fomos trocadas de sala e dessa vez nem precisei fazer novamente o pedido, fui para o quarto ano (3o2), essa turma foi inesquecível. Aprendi demais com alunos e com a professora, recordo- me dos fatos como se fossem hoje. Aprendi com cada atividade, cada conversa com a professora e alunos, cada brincadeira e aprendi o maior dos conhecimentos, consiliar respeito e carinho com as crianças; sobre essa turma só tenho a agradecer. Na última troca do ano não tive para onde correr, desci para a Escola Infantil, o bicho de sete cabeças. Minha adaptação não foi fácil, até mesmo por que apesar de todas as aulas teóricas sobre crianças pequenas não tinha me acostumado com a idéia de lidar com estas.
Foi difícil, no entanto não desisti. Pensei em parar por ali mesmo, mas os desafios fazem parte da vida e não fui capaz de frear minha caminhada sem ao menos ir até o final da luta. No final do ano, tinha um alívio de tarefa cumprida.


Já no ano passado, em 2008 foi tudo muito diferente. Pensei que reagiria melhor, mas foi nesse ano que pensei em desisti do Curso Normal de vez. Posso dizer que 2008 foi a minha maior conquista. A minha dificuldade de adaptação a turma (2º período) foi sofrida, com um mês de estágio pensei que estava chegando o fim da linha. Não aguentava pensar em estagiar, chorei calada por várias vezes, tentei mudar de turma e nada foi feito. Nesse começo de ano vi o que realmente era "um bicho de sete cabeças". O meu grande apoio nesse trajeto foi Karla Freire. Karla ajudou a enxergar meu espírito guerreiro e segurou minha mão para não me deixar cair, se fizesse minha caminhada só certamente não conseguiria. Depois das férias de julho que pude finalmente me ver dentro daquela turma como ser ativo. A partir disso fui me interessando pelas crianças, procurei ver o que estas tinham para me ensinar e o que eu tinha para ensina- los. Chegando o fial do ano fui criando um laço maior com a turma e com a professora. Assim, pude de coração aberto dizer que foi o ano onde mais aprendi e um dos mais importantes. Sou grata a todos que passaram por mim nesse percurso, em especial as minhas amigas de turma no estágio, a Karla (minha mãe nesse momento) e a tia Juliana (por ter me proporcionado momentos tão difíceis). Como diz a frase: "Sofri muito, aprendi em dobro."

Nesse ano de 2009 está sendo gostoso dar estágio. Desdo primeiro dia me senti realizada, a turma é maravilhosa e a professora muito competente em suas atividades. Como em 2007, na turma 302 a professora educa, mas tendo como princípio o ensinamento de Dom Bosco, "educar com o coração". Ou seja, a tia passa sua autoridade através da compreensão, do carinho e não através dos gritos e nervosismo. Espero que os estágios se mantenham nesse mesmo ritmo.

Tenho como meta me dedicar cada vez mais a minha vida profissional, já que é o ano de decisão final. Nesses meses que definem o futuro, procuro equilibrar a razão e a emoção para escolher o meu caminho. No entanto, minha escolha é ser a melhor que puder. Farei da minha vida a melhor das colheitas. Tenho sonhado para conquistar o topo das minhas posibilidades, o tamanho do meu futuro é apenas a soma dos obstáculos que enfrento hoje. De uma coisa estou certa, quero fazer marca e traço meu hoje com meta de ter um belo amanhã!

beijos Dândara Faria