sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Invasão das abelhas



As abelhas essa semana estavam em momento de festa. Elas "invadiram" a sala de aula e só podemos entrar depois de um bom tempo, mais precisamente só foi possível entrar na sala 14 horas. O enxame de abelhas estava com toda a agitação. Com isso retardou todo o período de aula na tarde letiva.

Chegamos e as crianças começaram os comentários sobre o que tinha acontecido. Pensei que seria difícil acalma- los, no entanto com um bom e inesperado domínio de turma consegui acalma- los sem grandes dificuldades.

Após esse momento, começamos a primeira atividade do dia, a movimentação da palavra URSO. Pois, o livro agora abordado é o "Cachinhos de Ouro", que envolve uma família de ursos. O livro guarda importantes ensinamentos, como a questão da obediência e a de respeitar o espeço das outras pessoas.

Ao terminarem a atividade tia Ellen propôs que fossemos à sala de aula e assim fizemos. Na sala de música assistimos um data show sobre as Sete Alegrias de Maria. E neste, fizemos grandes descobertas e obtivemos a oportunidade de conhecer algumas santas que não eram conheceidas pela maioria. As imagens das santas tocaram bastante cada batimento dos nossos corações, as Maria's traziam uma mensagem avassaldora.

Projeto

Entrei no estágio 14 horas essa semana, as crianças já estavam fazendo as atividades da semana.

É interessante a forma como eles estão sempre atentos aos atos dos professores e acostumados com a rotina escolar. Nos dois dias (segunda- feira e quarta- feira) as crianças perguntaram porque eu estava chegando quando eles já haviam começados as atividades do dia.

Houve a escolha do tema do projeto, e o ponto escolhido foi BRINCADEIRA. Na atividade do projeto (brincadeiras), as crianças tiveram que copiar do quadro as palavras dos brinquedos que eles falavam e estas palavras eram, PIPA, BOLA, PIÃO e BOTÃO (segundo uma aluna da sala, botão também é brinquedo).


Ainda em clima de Páscoa, as crianças fizeram uma atividade com o nome de JESUS. Na folha do bloca escolar eles tiveram que montar a palavra JESUS, com letras recortadas e cola-las. Em sucessão a isso eles tiveram que copiar a palavra JESUS embaixo das letras coladas. No meio do momento de atividade sempre tinha alguns comentários sobre quem é Jesus e qual a ligação Dele com a Páscoa. O que trás significativas recompensa para o docente, saber que você como professor conseguiu deixar alguma mensagem para os seus alunos.

As crinças ao final de dia tiveram um momento de descanso, ou seja foram para o tapete brincar com os amiguinhos. Enquanto isso, ouviam a mensagem que tia Lili tinha a dizer pelo som, com músicas construtivas e calmas no fundo. Infelizmente, no meio desse instante de descontração uma aluna passou mal, com febre alta e dor de cabeça e teve que ir embora mais cedo, não podendo aproveitar assim esse momento.

Mães Más !


Um dia, quando os meus filhos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de dizer-lhes:
Eu os amei o suficiente para ter perguntado: onde vão, com quem vão e a que horas regressarão?
Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.
Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram da mercearia e os fazer dizer ao dono: "Nós roubamos isto ontem e queríamos pagar".
Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês 2 horas, enquanto limpavam o seu quarto; tarefa que eu teria realizado em 15 minutos.
Eu os amei o suficiente para os deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.
Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes não, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso. Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.
Estou contente, venci... porque no final vocês venceram também! E qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva os pais e as mães, meus filhos vão lhes dizer quando eles lhes perguntarem se a sua mãe era má: "Sim... Nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo.
As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos de comer cereais, ovos e torradas. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvete no almoço e nós tínhamos de comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. E ela obrigava-nos a jantar à mesa, bem diferente das outras mães, que deixavam os filhos comerem vendo televisão.
Ela insistia em saber onde nós estávamos a toda hora. Era quase uma prisão. Mamãe tinha que saber quem eram os nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Insistia que lhe disséssemos que íamos sair, mesmo que demorássemos só uma hora ou menos.
Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela violou as leis de trabalho infantil. Nós tínhamos de lavar a louça, fazer as camas, lavar a roupa, aprender a cozinhar, aspirar o chão, esvaziar o lixo e todo o tipo de trabalhos cruéis. Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer.
Ela insistia sempre conosco para lhe dizermos a verdade, e apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, ela até conseguia ler os nossos pensamentos.
A nossa vida era mesmo chata.
Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que nós saíssemos. Tinham de subir, bater à porta para ela os conhecer. Enquanto todos podiam sair à noite com 12, 13 anos, nós tivemos de esperar pelos 16.
Por causa da nossa mãe, nós perdemos imensas experiências da adolescência. Nenhum de nós esteve envolvido em atos de vandalismo, violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.
Foi tudo por causa dela. Agora que já saímos de casa, nós somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o nosso melhor para sermos "pais maus", tal como a nossa mãe foi.
Eu acho que este é um dos males do mundo de hoje:Não há suficientes Mães más...
Dr. Carlos Hecktheuer

Semana das Mães

Uma das semanas mais corridas do ano na Escola Infantil é essa, no qual todos estão em grande perspectiva para a festa das mães. As professoras e coordenadoras se colocam em posição de desafio para realizarem de forma positiva a festa e fazem o máximo para agradar todos os pais.

Os ensaios foram mais intensos e as crianças a cada dia que passava ficavam mais agitadas. Os ensaios estavam ocorrendo no salão, com o auxílio do professor de Artes, Luís Carlos e Cristina Petrucci. Eles estavam dando os retoques finais no ensaio, para que tudo saia bem na quarta- feira (o dia da festa).

Mesmo com a agitação da semana não podemos esquecer da sala de aula. Teve uma atividade onde as crianças teriam que pintar com giz de cera a blusa e o botão, objetos explicitos na letra da música da homenagem à mamãe. Desenhar- los e desenhar os amigos brincando na parque com hidrocor, melhorando a coordenação motora, principalmente dos novatos. No entanto, na quarta- feira não houve nenhuma atividade. Foi um dia que teve muitos momentos de descontração antes da festa, como DVD na sala de música, brincar com massinha e leitura de livrinhos.

A festa dedicada às mães foi um sucesso. Todos os pais aprovaram a desenvoltura de seus filhos. As mães se orgulharem ainda mais de seus filhos e se emocionaram. Cada período apresentou uma música, sendo que o segundo período apresentou a música da Cláudia Leite, A camisa e o botão. Era visível claramenta a alegria das crianças em deixar suas mães felizes. E isso consequentemente contagiou a mim e as tias da Escola Infatil.

"A saudade eterniza a presença de quem se foi"

"Olhos pequenos, mas que tudo enxergava...passos curtos e apressados de uma caminhada de 92 anos de uma vida intensamente vivida!
Sua altivez precedia sempre um sorriso e um afago carinhoso em todas as suas ações.
Ela soube nos seus 92 anos acompanhar a modernidade, sendo totalmente aberta a evolução dos tempos. Pobres e ricos, crianças, jovens e idosos celebraram sua chegada ao céu.
Para nós a tristeza da saudade da falta física, mas a certeza de que teremos uma poderosa intercessora junto a Nossa Senhora Auxiliadora e Jesus.
Irmã Anita temos a convicção de que sempre estará conosco com seu sorriso largo e seus tapinhas ternos!

Mãe de todos , uma mulher que soube dizer sim ao chamado de Deus, consagrando-se a vida religiosa inteiramente! Obrigada por nos educar com suas atitudes e gestos, obrigada por suas palavras de encorajamento...Irmã Anita soube ser mãe no sentido real da palavra, pois o amor que mantinha pelos princípios religiosos, todo seu carisma e humildade fizeram dela uma referência para todos da comunidade campista.
Assim hoje, na sua função de mãe que gerou a muitos, através de sua fé e atitudes, Irmã Anita prossegue na sua missão, sendo nossa intercessora junto a Nossa Senhora Auxiliadora na casa do Pai.

Irmã Anita como salesiana de garra, como alguém que soube respirar e se alimentar do carisma de Dom Bosco e Maria Domingas Mazzarello, se fará eterna em nossos corações e mentes. Na capela, no pátio, no portão e nas ruas de nossa cidade de Campos sentimos sua santa presença nos dando forças para continuar, pois viveu e nos ensinou a viver a linda frase de Mazzarello: " Não basta começar, é preciso continuar...lutar sempre... todos os dias!"

Essa foi a semana mais triste e dolorosa da comunidade educacional do Auxiliadora, envolvendo funcionários, alunos e as irmãs. Todos levando em seus rostos uma grande angútia, que se desfazia em lágrimas e lamentações. Não é possível decifrar a infelicidade da notícia.

A irmã Inita era uma mãe- amiga de todos que conheceu em sua longa e bem vivida jornada. Todos choraram sua falência com muita intensidade, a dimensão de sua importância ultrapassou os muros do Auxiliadora, atingiu a todos na cidade de Campos dos Goytacazes e os que ficam fora da cidade. Sem exceções, essa foi a maior surpresa menos bem sucedida de todos os tempos.

A nós que permanecemos na vida carnal nos resta a conformidade de que ela é a grande intercessora que sempre estará guiando nossos caminhos junto ao Pai. Sem lugar para dúvidas, cabe nos a certeza de sua santidade. Com suas palmadas doces e brigas cuidadosas ela se eternizou no coração de cada um de nós.

Segundo o padre Fábio de Melo: "Deixa morrer o que a morte já sepultou, deixa viver o que dela ressuscitou. Não queiras ter o que ainda não pode ser, é possível crescer nesta hora. Mesmo quando o que amamos foi embora a saudade eterniza a presença de quem se foi. Com o tempo esta dor se aquieta, se transforma em silencio que espera pelos braços da vida um dia reencontrar."

Escolha da parlenda

A semana começou com muito animação. Iniciando com momento de massinhas e leitura dos livros. Não podendo esquecer da acolhida realizada na área com a tia Jú (professora do 2º período). Nesta ela reforçou a memória das crianças relembrando a música ensinada na acolhida passada, falando sobre Jesus. A música também influencia na coordenação motora das crianças pois ele vão obtendo maior controle do seu corpo na medida em que põe em prática a coreografia, envolvendo todas as partes do corpo.

Nessa semana chegou um aluno novo na sala, o Felipe. Ele se mostrou dono de uma forte personalidade. Sendo educado com as crianças e as tias (tia Ellen e eu), no entanto autonomo e questionador. Ao se deparar com algum desafio pedia sugestões sobre o caso e os resolvia sozinho.

Houve a escolha da parlenda que será abordada pela turma. Fomos para a sala de música e lá assistimos em power point os slides com as parlendas. Após termos assistidos todos os slides tia Ellen fez uma votação para a escolha de apenas uma parlenda. A votação foi muito democrática, na qual a parlenda escolhida foi realmente a com maior número de votos e todos puderam dar sua opinião sobre tal escolha. A escolhida foi sobre o jacaré.

No mês de abril houve muitos ensaios para a apresentação do dia das mães. Ocorreu nessa semana o primeiro ensaio no salão e foi ensaiado também as músicas pelo som com a tia Lili. No entanto, foi abordado também atividades de escrita envonvendo as mamães; como atividade de movimentação da palavra MAMÃE na folha de bloco e a escrita desta com hidrocor. A intenção de colocar a palavra MAMÃE na atividade é derivada da teoria de que há maior interesse de aprendizagem do conhecimento quando o assunto abordado está ligado a realidade cotidiana do sujeito.

Tiveram momentos descontraidos. Brincamos de massinha, pecinhas, contos de histórias ao som da Cláudia Leite, com a música que fala de amor em homenagem as mães.



segunda-feira, 13 de abril de 2009

O quarto de Lucas.

As acolhidas dessa semana foram realizadas na área e no tapete. As crianças mostraram grande entusiasmo para a acolhida na área com a tia Juliana, do segundo período. Era bonito de ver as crianças atentas a cada palavra dita por tia Jú. No momento de oração foi onde eles mais se entregaram, rezaram o Pai Nosso e a oração do Anjo da Guarda até o fim, além de terem cantado a música nova e dançado com os braços e pernas.

Para ajudar a memorização do nome tia Ellen passou uma atividade e nela eles tiveram que escrever o nome, mas com o auxílio da ficha. No começo da atividade eles precisaram um pouco de ajuda. No entanto, com o decorrer da atividade eles foram pegando o jeito de fazer e foram desenvolvendo as letras sozinhos.

Depois desse momento de escrita do nome fomos para o parquinho brincar de bola. Nessa brincadeira as crianças teriam que sair da linha de partida e chegar ao outreo lado do parquinho, mas abaixados e levando a bola na cabeça, ou seja, empurrando- a. As crianças se empolgaram muito com essa brincadeira, ficavam anciosos para que chegasse rapidamente sua vez de participar da brincadeira. Como toda atividade realizada esta teve seu objetivo específico, desenvolver a movimentação corporal. "O corpo tem uma indispensável capacidade de educar-se. A inteligência corporal é componente fundamental no processo de adaptação dos seres humanos." segundo o site http://www.multirio.rj.gov.br/cime/ME18/ME18_003.html.

Como de rotina, fomos lavar as mãos, obtendo uma refeição mais higienizada e rezar no tapete para agradecer a Deus, a Maria e ao Anjo da Guarda pelo lanche, pelos pais, pela escola onde esuda e palas tias ali presente. E em seguida podemos ir para o refeitório lanchar.

Depois de lancharem volamos para sala e lá as crianças fizeram outra atividade. Também trabalhando a escrita do nome. A folhinha tinha a ilustração de um índio em uma canoa e ele em posição se pescaria, dentro dos peixos a serem pescados estavam todas as letras do alfabeto. Cada criança teve que procurar as letras pertencentes ao nome, e em seguida pinta- los. Percebi que os novatos tiveram mais dificuldade em executar o trabalho.

Para encerrar a tarde letiva teve o jogo das carinhas. Nem todas as crianças receberam a carinha feliz, pois haviam desobedecido a tia Ellen. Percebi que novamente as crianças que receberam carinha triste apresentaram reações diferentes. Algumas delas nem se importaram com o recebimento desta e outras ficaram surpresas.

Na quarta- feira depois do momento de oração conversamos sobre a organização dos nossos quartos. A tia Ellen desenvolveu um debate, e nele as crianças disseram quem arruma os seus brinquedos, se eles fazem bagunça na hora da brincar. Muitos falaram que fazem bagunça e não arrumam o quarto depois, então a tia mostrou para eles que o correto é ter organizam com as próprias coisas e ajudar na hora de colocar os brinquedos no lugar. Esse momento foi feito porque seria apresentado para eles o livro usado em todo o primeiro período, O quarto de Lucas e fala justamente sobre isso.

Depois da leitura do livro teve o momento de registro da história. Na folha de bloco sem linha as crianças expuseram tudo que os marcou do livro, dos personagens (Lucas e ) aos brinquedos espalhados pelo quarto (bola, dama, pião, carrinhs e bonecos).


No tapete tia Ellen fez uma brincadeira para que as crianças pudessem diferenciar esquerda de direita. Coloquei durex azul no braço direito e vermelho braço esquerdo, eles tiveram que identificar que cor estava no lado direito e qual cor estava no lado esquerdo.

Em seguida teve a movimentação da letra Q do QUARTO de Lucas, com cola colorida e hidrocor; jogo das carinha, todos ganharam carinhas felizes e para calma- los e esperar ps pais música no tapete.

sábado, 14 de março de 2009

O recomeço da rotina

O ano de 2009 começou bem, com seis novos alunos, alegrando ainda mais a sala de aula da tia Ellen e várias mudanças na estrutura da Escola Infantil. No entando, como todo início de ano as crianças estranham o ambiente escolar, como a professora, os amigos, a sala de aula e pior para eles é deixar os pais. O começo das aulas é um período muito complicado.


Tia Ellen não teve grandes dificuldades com as crianças, a grande maioria já estudava na escola, assim não tendo grandes barreiras em se adaptar. Apenas três crianças deram "trabalho" para se acostumarem com a escola e largarem os pais. Parte dessa rapidez na adaptação se deve ao trabalho da professora. Ellen proporcionou atividades interativas durante a semana toda.
Essas atividades eram conversas no tapete sobre as férias e como será o ano letivo, brincadeiras no parquinho, com bolas e massinhas, acolhidas e socialização.

Com a sensível percepção tia Ellen foi preparando atividades que fizessem com que ela conhecesse o nível de cada aluno. De modo que as atividades atendessem suas necessidades com mais flexibilidade. Os execícios iniciais eram de movimentação do nome, identificando as letras que pertecem a este. Algumas crianças, principalmente os novatos mostraram mais dificuldade em realizar as atividades.


Uma atividade sobre o nome muito interessante, que lembro minha infância foi da letra do nome com papel crepon, as crianças tiveram que rasgar o papel crepon e fazer bolinhas com ele, e em seguida o colaram em cima da inicial do nome.


Outra atividade atrativa foi aproveitando o carnaval, fazendo a ligação entre a sala de aula e a realidade vivenciada pela criança. Porém, para isso a tia Ellen conversou com eles sobre o que é o carnaval, analisando seu conhecimentos prévios e a partir daí explicou o significado do carnaval; respeitando as limitações das crianças.

Esse ano posso mostrar mostrar quem realmente quero ser na sala de aula, sem bloqueio. Tenho ido para o tapete com as crianças, para contar histórias infantis, eles escolhem o livro e eu conto. Essa semana foi a vez da Rapunzel e da Branca de Neve (desta por duas vezes), foi fascinane como eles ficaram atentos e debateram o sobre estas depois.


Reparei que as crianças são sempre bem centradas nas aulas, sabendo diferenciar a hora da brincadeira e o momento de prestar atenção na professora. Por serem bastante ligados ao seus compportamentos eles fazem de tudo para não ganhar carinha triste no jogo das carinha. Foi intrigante como um menino reagiu ao ganhar carinha triste por não ter tido um bom comportamento no dia, ele chorou muito, ficou chateado com a tia Ellen e com ele mesmo por não ter se comportado bem.


"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo." (Nelson Mandela)

segunda-feira, 9 de março de 2009

A grande caminhada

Nesses dois anos e três meses cresci muito. Entrei no Auxiliadora querendo trocar de curso, tinha meta de fazer o científico. Meu maior medo era dos estágios, de me adaptar com as crianças pequenas, pois sempre houve uma barreira entre eu e crianças pequenas. Logo na apresentação inicial em sala de aula fui falando que meu desejo não era cursar o Normal e pior que isso, tomar conta de criança.

Na primeira escalação de salas para estagiar pedi a Liliana Nogueira que me colocasse no ensino fundamental, onde seria melhor a minha adaptação e felizmente ela atendeu aos meus pedidos, estagiei na sala de quinto ano (antiga 402). Com o tempo fui vendo que não era "o fim da picada" passar as tardes na escola. No meio do ano fomos trocadas de sala e dessa vez nem precisei fazer novamente o pedido, fui para o quarto ano (3o2), essa turma foi inesquecível. Aprendi demais com alunos e com a professora, recordo- me dos fatos como se fossem hoje. Aprendi com cada atividade, cada conversa com a professora e alunos, cada brincadeira e aprendi o maior dos conhecimentos, consiliar respeito e carinho com as crianças; sobre essa turma só tenho a agradecer. Na última troca do ano não tive para onde correr, desci para a Escola Infantil, o bicho de sete cabeças. Minha adaptação não foi fácil, até mesmo por que apesar de todas as aulas teóricas sobre crianças pequenas não tinha me acostumado com a idéia de lidar com estas.
Foi difícil, no entanto não desisti. Pensei em parar por ali mesmo, mas os desafios fazem parte da vida e não fui capaz de frear minha caminhada sem ao menos ir até o final da luta. No final do ano, tinha um alívio de tarefa cumprida.


Já no ano passado, em 2008 foi tudo muito diferente. Pensei que reagiria melhor, mas foi nesse ano que pensei em desisti do Curso Normal de vez. Posso dizer que 2008 foi a minha maior conquista. A minha dificuldade de adaptação a turma (2º período) foi sofrida, com um mês de estágio pensei que estava chegando o fim da linha. Não aguentava pensar em estagiar, chorei calada por várias vezes, tentei mudar de turma e nada foi feito. Nesse começo de ano vi o que realmente era "um bicho de sete cabeças". O meu grande apoio nesse trajeto foi Karla Freire. Karla ajudou a enxergar meu espírito guerreiro e segurou minha mão para não me deixar cair, se fizesse minha caminhada só certamente não conseguiria. Depois das férias de julho que pude finalmente me ver dentro daquela turma como ser ativo. A partir disso fui me interessando pelas crianças, procurei ver o que estas tinham para me ensinar e o que eu tinha para ensina- los. Chegando o fial do ano fui criando um laço maior com a turma e com a professora. Assim, pude de coração aberto dizer que foi o ano onde mais aprendi e um dos mais importantes. Sou grata a todos que passaram por mim nesse percurso, em especial as minhas amigas de turma no estágio, a Karla (minha mãe nesse momento) e a tia Juliana (por ter me proporcionado momentos tão difíceis). Como diz a frase: "Sofri muito, aprendi em dobro."

Nesse ano de 2009 está sendo gostoso dar estágio. Desdo primeiro dia me senti realizada, a turma é maravilhosa e a professora muito competente em suas atividades. Como em 2007, na turma 302 a professora educa, mas tendo como princípio o ensinamento de Dom Bosco, "educar com o coração". Ou seja, a tia passa sua autoridade através da compreensão, do carinho e não através dos gritos e nervosismo. Espero que os estágios se mantenham nesse mesmo ritmo.

Tenho como meta me dedicar cada vez mais a minha vida profissional, já que é o ano de decisão final. Nesses meses que definem o futuro, procuro equilibrar a razão e a emoção para escolher o meu caminho. No entanto, minha escolha é ser a melhor que puder. Farei da minha vida a melhor das colheitas. Tenho sonhado para conquistar o topo das minhas posibilidades, o tamanho do meu futuro é apenas a soma dos obstáculos que enfrento hoje. De uma coisa estou certa, quero fazer marca e traço meu hoje com meta de ter um belo amanhã!

beijos Dândara Faria